Tétano: um inimigo à espreita
Você já pode ter vivenciado uma situação em que uma pessoa se fere com pouca gravidade, como um corte, uma mordida de animal ou algo semelhante e quando procura auxílio médico recebe a instrução de tomar vacina antitetânica. É comum a pessoa dizer que já tomou a vacina, que faz parte do calendário de vacinações, e o médico retornar perguntando há quanto tempo foi. Geralmente a pessoa não se lembra e o médico encaminhar então para uma dose de reforço.
Isso ocorre para evitar o tétano, uma doença grave, causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani. Esta bactéria geralmente entra no corpo através de feridas ou lesões na pele, onde encontra condições para se reproduzir e produzir a toxina tetânica.
Os sintomas do tétano geralmente começam a se manifestar de 3 a 21 dias após a entrada da toxina no organismo e consistem em rigidez muscular, geralmente começando pela mandíbula, e se estendendo a outros músculos, dor intensa nos músculos afetados, dificuldade para engolir, febre e sudorese, aumento da frequência cardíaca e pressão arterial.
O tratamento do tétano é uma emergência médica e visa a controlar os sintomas, neutralizar a toxina e prevenir complicações.
A mortalidade associada ao tétano pode ser alta, especialmente em casos não tratados, por isso a prevenção é fundamental, através da vacinação.
Vacinação é a melhor prevenção
A vacina contra o tétano é geralmente combinada com outras vacinas, como a difteria e a coqueluche, formando a tríplice bacteriana, administrada em várias doses durante a infância, seguida de doses de reforço ao longo da vida. A vacinação é essencial para garantir a proteção contínua, já que a imunidade adquirida pode diminuir ao longo do tempo.
A duração da vacina contra o tétano pode variar, mas os especialistas recomendam doses de reforço a cada 10 anos para garantir a proteção contínua. Estas doses de reforço são particularmente importantes em situações de ferimentos ou lesões graves, onde há um risco maior de exposição ao Clostridium tetani.
É importante ressaltar que o tétano não é transmitido de pessoa para pessoa, sendo exclusivamente causado pela introdução das esporas da bactéria no organismo através de feridas. A vacinação é, portanto, a medida mais eficaz para prevenir esta doença potencialmente fatal. Além da imunização, a limpeza e desinfecção adequadas de feridas são práticas importantes para reduzir o risco de infecção.
Existe também o tétano neonatal que atinge bebês pela contaminação do coto umbilical com instrumentos contaminados.