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Estados Unidos incluem Cuba na lista de “Estados Incentivadores do Terrorismo”

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O governo americano acusou esta semana o governo de Cuba de incentivar o terrorismo. O presidente Bush incluiu o país de Fidel Castro na lista de “Estados Incentivadores do Terrorismo”. A acusação acontece semanas após a execução de três cubanos que tentaram seqüestrar uma balsa com 50 pessoas para fugir para os Estados Unidos.

A execução, realizada após um julgamento sumário, quando as atenções mundiais se voltavam para o fim da guerra no Golfo Pérsico provocou protestos e polêmica. Intelectuais, artistas e países que sempre apoiaram Cuba expressaram a revolta contra as execuções e ameaçaram romper com Fidel Castro. Além disso, os Estados Unidos estudam endurecer ainda mais as sansões contra Cuba.

Seqüestro frustrado

 

Os três executados: Lorenzo Enrique Copeyo Castillo, Bárbaro Leodán Sevilla García e Jorge Luis Martínez Isaac teriam liderado o seqüestro da balsa Baraguá. A balsa une a localidade de Casablanca à capital cubana, navegando pela Baia de Havana. Aparentemente armados de um revólver e facas, forçaram os tripulantes da embarcação a seguir para a Flórida, nos Estados Unidos, onde pretendiam pedir asilo político.

Durante o seqüestro, a balsa parou em alto mar, a 45 quilômetros do ponto de partida, por falta de combustível, e acabou sendo rebocada ao Porto de Mariel por lanchas da Guarda Costeira sob promessa de que a embarcação seria reabastecida.

 

Depois de 38 horas de tensas negociações, uma turista francesa se lançou ao mar, criando muita confusão entre os seqüestradores. Uma unidade especial da polícia cubana se aproveitou do descuido deles, abordou rapidamente a balsa, dominou a todos e liberou os passageiros. Ninguém ficou ferido nessa operação.
Segundo uma nota divulgada por Cuba, os tribunais do país concluíram que os fatos eram extremamente graves, justificando plenamente as sentenças aplicadas. Nele, os envolvidos no seqüestro da Baraguá são acusados também de vínculos com o que as autoridades cubanas definem como "plano sinistro de provocações”, que, segundo Cuba, é incentivado pelos Estados Unidos para destruir o governo de Fidel.

 

Reação de Cuba e acusação de “vingança contra a revolução”

O governo de Cuba reagiu fortemente contra a sua inclusão na lista negra dos países que incentivam o terrorismo. O governo cubano divulgou nota oficial em que afirmava que Washington "é movido por uma irracional sede de vingança contra a revolução cubana".

O texto disse ainda que os argumentos expostos por Washington são sobre a presença em Cuba de membros do grupo separatista basco Pátria Basca e Liberdade (ETA), o apoio aos movimentos guerrilheiros colombianos, a presença de fugitivos norte-americanos na ilha, a residência em Cuba de um "especialista em armas" da guerrilha católica Exército Republicano Irlandês (IRA) e a "oposição" de Havana à coalizão antiterrorista encabeçada pelos Estados Unidos.
 

O governo de Cuba afirmou que a presença em Cuba de membros do ETA se originou a partir de um acordo em 1984 com os governos de Espanha e Panamá. Segundo Cuba, os membros de ETA residentes em Cuba nunca utilizaram o território cubano para atividades contra a Espanha nem contra nenhum outro país.

Sobre a proteção e apoio a membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN), o texto disse que Cuba é partidária de "uma solução política negociada nesse país, integra o grupo de países mediadores do diálogo e tem sido sede de rodadas de negociações entre o governo e o ELN". Cuba contestou também a presença em seu território de fugitivos da Justiça americana e acusou os Estados Unidos de ser santuário de reconhecidos terroristas e assassinos contrários a Fidel Castro.

Longa história de revoluções e intervenção dos Estados Unidos

Em 1899, os espanhóis que colonizaram Cuba são expulsos da ilha, que produzia um terço do açúcar consumido no mundo. Os Estados Unidos mantém a ocupação militar até 1902, quando Cuba se torna independente. Depois disso, os Estados Unidos mantém a base naval de Guantánamo e intervêm no território várias vezes até 1933.

Em 1934, um levante tenta derrubar o ditador Gerardo Machado e Fulgêncio Batista assume o controle do país até 1944. Em 1952, Batista dá um golpe e cria uma ditadura que atrai o país para investimentos americanos na área de mineração, turismo e açúcar.

Para combater a repressão, Fidel Castro comanda, em 1953 um ataque a um quartel. É preso e, libertado em 1955, se exila no México. Quando volta, vai para Cuba com um grupo de rebeldes, entre eles o guerrilheiro Che Guevara. A guerrilha toma Havana em 1959.

No governo, Fidel faz mudanças e mata os opositores. Milhares de cubanos deixam o país rumo aos Estados Unidos, que rompem relações diplomáticas com Cuba em 1961. Neste mesmo ano, exilados cubanos treinados pela CIA desembarcam na Baía dos Porcos para tentar derrubar Fidel, que em dezembro anuncia a adesão ao marxismo.

Em 1962, os Estados Unidos decretam o bloqueio econômico de Cuba. Nesse ano, ocorre a crise dos mísseis, quando a União Soviética desiste de instalar armas em Cuba para evitar uma guerra com os Estados Unidos. Cuba consegue inúmeros avanços sociais e econômicos, mas entra em crise com o fim da União Soviética e amplia a entrada do capital externo.

Em 2002, ocorre a luta entre exilados cubanos e o regime de Fidel simbolizada pelo menino Elián González e também um relaxamento do bloqueio econômico. Com os fuzilamentos, no entanto, o governo Bush estuda endurecer mais as sanções contra Cuba.

 

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