Papo Sério

Pagando Mico

Quem nunca “pagou um mico” que atire a primeira pedra.
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Quem nunca “pagou um mico” que atire a primeira pedra. Na gíria adolescente pagar mico é dar vexame, passar por uma situação engraçada ou até constrangedora. Os micos podem ser de todos os tipos e acontecem em qualquer lugar sem hora marcada. E não existe idade para acontecer. Dependendo da sua proporção, pode se transformar em “King Kong”.

A estudante Ayná Cadette, 14 anos, elege a vergonha que passou em um parque temático como um dos maiores de que cometeu. “Fui andar em um brinquedo chamado Corredeiras e neste dia eu estava de blusa transparente e calça branca. Fiquei toda molhada e para sair do brinquedo tinha que passar em uma passarela cercada de garotos. Enquanto eu passava, eles ficavam batendo palma. Foi horrível”, lembra.

Ayná também conta que durante um jogo de basquete levou o maior tombo. “Eu estava esperando para apanhar a bola que bateu na trave e saí correndo. Na hora eu não percebi uma pilastra e acabei batendo nela de barriga. Caí desmaiada na quadra. Quando acordei estava no chão e um monte de gente em volta de mim. Levantei, ajeitei a roupa e voltei a jogar”, diz.

Com a cara na porta

Com os irmãos João e Fabio, 15 e 17, a coisa foi pior. O amigo Renato convidou-os para sua festa de aniversário, que seria dali “na quinta-feira” na sua casa. Os irmãos compraram o presente e Fabio, especialmente interessado em Cristina, irmã de Renato, produziu-se todo para impressioná-la. Na quinta-feira, chegaram à casa de Renato prontos para a festa. Cristina abre a porta, de pijama, pronta para dormir. Os irmãos ainda assim dizem que tinham chegado para a festa. Cristina não aguenta e dispara a rir: a festa seria na outra quinta-feira, dali a uma semana. “O melhor de tudo foi que tive um bom pretexto depois pra chegar e conversar com ela”, diz Fabio. “Transformei o mico em um começo de namoro”, conta feliz.  

Eduardo Lima, 16, conta que sempre foi muito distraído. Ele conta que sua pior história foi a vergonha que passou no caixa de um supermercado. “Fui comprar umas coisas para minha mãe. E na pressa, saí de casa e esqueci a carteira. Depois das compras todas somadas e embaladas coloquei a mão no bolso e não encontrei o dinheiro. Conversei com a caixa, mas ela não me deixou sair para buscar a grana e voltar para apanhar as compras depois. Ela cancelou tudo e acabei largando as compras para trás”.

Gabriela Vilela, 20, estudante de direito, conta que quando estudava balé na adolescência levou um tombo na frente de toda a turma. “Ensaiávamos a coreografia e na hora de eu dar o salto e o outro bailarino me pegar pela cintura acabei caindo. Ele não prestou atenção e levei o maior tombo. Fiquei toda doida e ainda tive que repetir tudo de novo”, conta.

Cachorro maluco

O estudante Bruno Rodrigues, 17, acredita que seu cão Bob o fez pagar o maior mico de sua vida. “Fui passear com meu cachorro no calçadão da praia num domingo. Tudo ia bem até que a coleira arrebentou e o bicho saiu correndo. Ele corria pela areia e sujava todo mundo. Derrubou até um vendedor que passava na hora. Eu corria atrás gritando e ele não parava. Todo mundo olhava e reclamava. Só consegui pegá-lo quando se jogou no mar. Até hoje quando saio com ele, as pessoas apontam e dizem que o cachorro é maluco”, lamenta.

Antônio Pedro, 19 anos, conta que seu maior mico foi com a namorada Juliana. Ele explica que comprou flores, cartão e bombons para entregar à namorada quando fizessem um ano de namoro. “Me arrumei todo e fui fazer uma surpresa no lugar onde fazia estágio. Quando cheguei lá ela me recebeu espantada. Todos os colegas de trabalho estavam por perto quando ela anunciou que só era daqui a um mês. Fiquei morto de vergonha, todos riram e ela me abraçou e me encheu de beijos mesmo assim”.  

Lívia Cathiard, 14, passou o maior sufoco no banheiro do Shopping Rio Sul, no Rio. A menina entrou e trancou a porta. Antes de começar a fazer xixi, resolveu conferir se a porta estava mesmo trancada. Não só estava como não queria mais abrir. Desespero total. Lívia, nervosa, começou a pedir ajuda a quem estava de fora. Nada, ninguém conseguiu abrir a porta. “Passa por baixo”, grita a amiga Carol. Lívia não quer, a blusa é branca e nova. “Pula por cima”, gritou outra pessoa. Lívia “escala” o vaso sanitário e se pendura na parte de cima da divisória. Lívia finalmente sai. E a vontade de fazer xixi? A menina corre para outro banheiro do Shopping. Advinhem o que aconteceu? Lívia fica presa de novo! “Minhas amigas contaram essa história para toda a escola”, conclui.

E você? Não tem uma história engraçada de um “mico” pra contar? 

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