Furacão Irma atinge o Caribe
O Furacão Irma atingiu nesta quarta-feira, 6 de setembro, Barbuda, no Caribe. A força do Irma é resultado da atípica elevação de temperatura de parte do Oceano Atlântico .Especialistas acompanham sua evolução e acreditam que em sua rota possam estar países como Cuba, República Dominicana, Bahamas e Estados Unidos, no estado da Flórida.
Já com ventos de 300 km/h, acredita-se que o Irma possa ocasionar chuvas que acumulariam 25 centímetros de água, deslizamentos de terras, enchentes e ondas de até 7 metros.
Como se forma um furacão?
Tudo começa com o aquecimento da superfície da água dos oceanos. Quando a temperatura supera os 27º Celsius, o processo natural de evaporação da água intensifica-se e pode ocorrer um furacão.
No interior dos furacões, os ventos variam de 117 km/h a 300 km/h. Entretanto, o olho do furacão é uma região de calmaria, onde os ventos são leves, não ultrapassando os 32 km/h.
Apesar da velocidade excessiva dos ventos que o fazem girar, quando os furacões se deslocam podem atingir velocidade de 20 a 25km/h. Por isso, dá tempo de avisar às populações que moram próximo ao mar.
Todos os anos ocorrem em média 100 furacões, mas a maioria ocorre em alto-mar, longe do litoral.
Alerta e evacuação
Foram emitidas ordens de evacuação nas regiões de Key West, na Flórida, e nas ilhas turísticas de São Bartolomeu e São Martinho. Turistas que estão em Key West foram orientados a sair da região no início da quarta-feira e moradores em breve também terão que abandonar o local.
O que se pôde ver durante essa semana foram longas filas em lojas para obter baterias, mantimentos e combustível e muitas pessoas cortando árvores próximas às suas casas e vedando janelas.
Em muitos supermercados já era possível ver prateleiras inteiras vazias e grande dificuldade de encontrar itens básicos, como água.
Como são definidos os nomes de furacões?
Os nomes dos furacões são determinados pela Organização Meteorológica Mundial (WMO), que mantém listas definidas com os nomes por ano e região de origem. A escolha do nome segue ordem alfabética, por isso o nome do primeiro furacão do ano sempre começa com A - mas as iniciais Q, U, X, Y e Z não são utilizadas.
Do início do século XX até 1953, os furacões eram nomeados com uma letra; após 1979, apenas com nomes de mulher. O uso de nomes masculinos fez surgir uma estatística interessante: as universidades de Illinois e do Arizona (EUA) observaram, em 2014, que furacões com nomes femininos tinham mais vítimas fatais. A pesquisa revelou que um furacão masculino causa, em média, 15,15 mortes contra 41,84 provocadas pelos femininos.
Contudo, o furacão Harvey, que atingiu Houston em agosto deste ano, fugiu à regra e matou 51 pessoas.