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Calango do Abaeté

11/06/2019 · 12:05 · atualizado em 11/01/2021
Recentemente descoberto, animal já figura nas listas de espécies ameaçadas de extinção.

No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, uma triste notícia revelou novamente a fragilidade humana em preservar a natureza. Figurando na lista de espécies em extinção do Instituto de Conservação da Biodiversidade Chico Mendes (ICMBio) e do governo da Bahia, o Calango do Abaeté (Glaucomastix abaetensis), descoberto em Salvador, mal foi identificado e já corre o risco de desaparecer.

Descrito pela ciência em 2002, o animal recebeu o mesmo nome da Lagoa onde foi encontrado. Com uma cauda verde-azulado brilhante e sete cores, ele ainda pode ser localizado no litoral Norte da Bahia, em áreas de restinga.

Restingas são formações vegetais que se firmam sobre solos arenosos na região da planície costeira. Nessas áreas, a fauna é muito rica e as espécies costumam utilizá-las como locais de descanso e alimentação.

Espécie monitorada

O Calango do Abaeté tem sido monitorado há mais de quatros no Parque das Dunas, único local em Salvador onde ainda pode ser encontrado. O espaço tem 25 anos de fundação, mais de 6,9 milhões de metros quadrados e uma biodiversidade que impressiona.

Genuinamente baiano, o calango integra a lista vermelha de espécies ameaçadas e, caso seja extinto na capital, apareceria apenas em quatro municípios: Camaçari, Mata de São João, Entre Rios e Esplanada.

Medidas para ressaltar a importância do cuidado na preservação do Calango do Abaeté foram realizadas no Dia Mundial do Meio Ambiente mas, caso esforços sistemáticos não sejam feitos agora, a espécie corre o risco de desaparecer para sempre do planeta.

Ameaça real

Recentemente, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) divulgou um documento que revela a situação das espécies da fauna e flora em risco de extinção no mundo. Pelos dados, cerca de 1 milhão de espécies podem desaparecer. A taxa  aponta a devastadora ação do homem sobre a natureza.

Dia do Meio Ambiente: comemoração ou alerta?

Mais do que um momento para ser comemorado, a data serve como alerta para os problemas que o planeta vem enfrentando, como desmatamento, poluição dos mares e rios, aumento da camada de ozônio, desertificação, caça indiscriminada, mudanças climáticas, extinção de espécies.

O dia passou a ser celebrado em 1972 e tinha por objetivo promover ações de preservação e proteção ao meio ambiente, bem como fazer um alerta sobre os perigos da falta de cuidados com a natureza.

A primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente aconteceu em Estocolmo, no dia 5 de junho de 1972 e , por esse motivo, a data foi escolhida para representar o Dia Mundial do Meio Ambiente.

47 anos depois...

Atualmente, o foco das comemorações pelo dia do Meio Ambiente são as discussões que se levantam em torno da poluição do ar, do solo e da água; do desmatamento; da redução da biodiversidade e da água potável, da destruição da camada de ozônio, da destruição das espécies vegetais e das florestas, da extinção de animais, dentre outros.

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