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Bactéria no chocolate?

07/04/2022
Entenda a polêmica na Europa envolvendo a salmonella.

Apesar de a Páscoa ser comemorada em todo mundo de formas diferentes, é quase impossível não se pensar em chocolate nesta época do ano; lojas recheadas de ovos, bombons e doces de variadas marcas e sabores adoçam o paladar e satisfazem muita gente. A iguaria, que é consumida em várias ocasiões, acaba ficando em evidência neste período, porém este ano, pelo menos na Europa, ela não está sendo tão doce assim.

Vamos entender a polêmica!

Intoxicação alimentar pelo chocolate

Diversos casos de intoxicação pela bactéria salmonella foram detectados na Europa esta semana e, pasmem, todos eles estão com foco de contaminação convergindo para os produtos de chocolate Kinder, que são fabricados na Bélgica. Sim, você não leu errado: bactéria no chocolate!

As mercadorias, que foram condenadas por órgãos de saúde e eram comercializadas na França, na Bélgica, no Reino Unido, na Irlanda do Norte, na Alemanha e na Suécia, já sofreram um recall por parte de seu fabricante (Ferrero). Lembrando que os ovos e chocolates Kinder são doces populares entre as crianças e muito vendidos pelo fato de conterem brinquedos colecionáveis dentro de suas embalagens.
 
Pelo menos 21 pacientes – com idade média de 4 anos – foram detectados pelo Centro Nacional de Referência de Salmonella do Instituto Pasteur na França; 15 deles informaram o consumo dos produtos Kinder. Já no Reino Unido cerca de 63 casos de contaminação pela bactéria foram identificados, segundo uma porta-voz das autoridades sanitárias britânicas.

Mas o que é a salmonella e como ela age no organismo?

A salmonella (Salmonella enterica e Salmonella bongori) – que causa uma infecção bacteriana chamada salmonelose – é um tipo de bactéria transmitida pela ingestão de alimentos crus ou mal cozidos contaminados por fezes. Ela é conhecida por ser uma das grandes responsáveis pela maioria dos casos de intoxicação alimentar.

Quando as condições de higiene são precárias, a bactéria, presente nas fezes de animais contaminados e de indivíduos doentes, costuma se espalhar rapidamente, contaminando principalmente alimentos crus (como carnes, especialmente de aves), leite não pasteurizado e ovos.

Sintomas da doença

Os principais sintomas de contágio pelo microrganismo são dor abdominal, vômitos, febre e diarreia, e costumam aparecer de 12 a 36 horas depois da ingestão de comidas contaminadas. Esses sintomas variam de intensidade segundo a quantidade do que foi ingerido ou do nível de degradação do alimento.

Tratamento

No geral, a doença permanece no corpo humano por um período limitado e determinado. Dessa forma, o tratamento pode ser realizado em casa e tem como objetivo manter o paciente hidratado, bem como aliviar os sintomas. Nesses casos, é recomendável repouso e o consumo de bastante água.

Em casos mais graves, com sintomas persistindo por mais de três dias, é recomendável, segundo o Ministério da Saúde, a busca por uma unidade de saúde e o uso de antibióticos, visto que a bactéria pode contaminar outros órgãos além do intestino e se espalhar pela corrente sanguínea.

É possível evitar a contaminação?

Sim. De acordo com estudos, a salmonella é eliminada dos alimentos quando eles são cozidos, assados completamente ou fritos. Todo cuidado para impedir a intoxicação pela bactéria está relacionado aos alimentos crus.

Veja algumas recomendações do Ministério da Saúde para evitar a salmonelose:

- Lavar as mãos antes, durante e depois de manipular ou consumir alimentos.
- Cozinhar ou assar ovos e carnes, especialmente as de aves.
- Manter ovos sempre sob refrigeração.
- Higienizar bem os vegetais.
- Evitar o consumo de leite de cru, dando preferência ao leite pasteurizado ou fervido.
- Lavar bem os utensílios de cozinha usados na preparação de alimentos.

Saúde pública

Embora o problema da salmonella esteja ocorrendo na Europa (através de chocolates), é bom ficar antenado, porque a contaminação pela bactéria é um problema de saúde pública e pode acontecer por outros meios.

 

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