História >> Calendários
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O Calendário
Quando falamos em calendário, a primeira imagem que vem em nossa cabeça é de um objeto indicando os dias, as semanas, os meses e os anos que pode estar sobre uma mesa, na parede ou no aparelho do celular, não é mesmo?
O Calendário
Mas você sabe como surgiu o calendário?
Quem determinou quantos dias, semanas, meses, um ano teria?
Qual o calendário que usamos atualmente?
Estes são os assuntos do nosso estudo.

O calendário nada mais é do que um sistema de divisão e marcação do tempo. Todo o calendário tem como base o movimento solar ou lunar ou os dois usando o dia – manhã e noite – como menor unidade de marcação.
A necessidade de contar e observar o tempo sempre estiveram ligadas à agricultura. A partir dos dias, os homens passaram a marcar as fases da lua, ganhando a noção de mês. Depois, passaram a observar a repetição e a variação do clima contando os meses, estabelecendo assim a noção de ano.
O Calendário
Os calendários podem ser classificados como:
Lunar - Baseado somente nas fases da lua.
Solar - Baseado somente no movimento de translação, isto é, na volta que a terra dá em volta do sol.
Luni-solar- Baseado na observação dos dois astros: sol e lua.

O Calendário
O nosso calendário
Quando você manda uma mensagem para seus amigos como esta...
..... quem receber sabe quando deve ir, não é mesmo?
O Calendário
O nosso calendário
Isto acontece porque você e seus amigos obedecem ao mesmo calendário, o chamado calendário cristão, assim chamado porque tem como referência a data provável do nascimento de Jesus Cristo. Assim, o ano em que estamos representa a quantidade de anos que se passaram desde o nascimento de Cristo até nossos dias. Tudo o que ocorreu depois do nascimento de Cristo é representado pelas letras d.C (depois de Cristo) e o que aconteceu antes por a.C (antes de Cristo).
Veja na linha do tempo:
O Calendário
O nosso calendário
Na prática, usamos pouco a expressão d.C, pois geralmente quando apresentamos o ano sem nenhuma indicação estamos falando de depois de Cristo.
Bem, você deve estar pensando: mas e quem não é cristão?
Na verdade, há povos, como os judeus e muçulmanos, que usam outros calendários. Mas, no dia a dia, para evitar problemas, todos adotam o calendário cristão.
O Calendário
O nosso calendário
Para os judeus, o tempo deve ser contado a partir do Êxodo, acontecimento que marcou a saída do povo judeu do Egito para a palestina, há mais de 5.700 anos. Veja aqui a correspondência entre o calendário cristão e o judeu.
O Calendário
O nosso calendário
Já os muçulmanos contam seu calendário a partir da Hégira, quando o profeta Maomé fugiu de Meca para Medina. E ao longo do tempo tivemos também outros calendários.
O Calendário
O nosso calendário
O calendário que usamos hoje se chama calendário gregoriano, porque foi publicado pelo Papa Gregório XIII, em 1582, para substituir o calendário que se usava então e que se chamava calendário Juliano. Através de um decreto, o papa estabeleceu a reforma do calendário, para um ano trópico de 365 dias.
Dessa forma os anos bissextos seriam de 4 em 4 anos, acrescentando a fevereiro 1 dia. Os anos seculares seriam normais, com exceção dos divisíveis por 400 que seriam ou serão bissextos. Além disso, 10 dias foram retirados do calendário, para corrigir o erro entre o ano solar e o ano civil, em 1582 d.C., já era de 10 dias.
O Calendário
O nosso calendário
O calendário Gregoriano é o calendário mais usado no mundo atualmente. Por ele, temos o ano dividido em 12 meses e os meses com números diferentes de dias:
Na verdade, essa tabela não mostra, mas um ano tem no mínimo 365 dias e ¼ de dia, ou seja, 6 horas.
O Calendário
Bissexto ou não bissexto?
Como reconhecer um ano bissexto?
É fácil!
- SE O ANO NÃO TERMINAR EM 00 - Basta pegar os 2 últimos algarismos e dividir por 4. Se a divisão for exata, o ano é bissexto.
Assim:
O Calendário
Bissexto ou não bissexto?
SE O ANO TERMINAR EM 00:
Basta dividir por 400. Se a divisão for exata, é bissexto.
Da mesma forma que usamos mês, dia, hora, também usamos outras medidas de tempo para localizar um acontecimento.
Passe o mouse e veja.
O Calendário
Bissexto ou não bissexto?
Da mesma forma que usamos mês, dia, hora, também usamos outras medidas de tempo para localizar um acontecimento.
Assim:
O Calendário
Bissexto ou não bissexto?
ATIVIDADES
Confira se você nasceu num ano bissexto. Coloque o ano em que você nasceu e aperte a tecla.

Contando os séculos
Como identificar o século?
Para identificar o século a partir de uma data, há duas dicas bem simples.
Acompanhe!
Se o ano terminar em dois zeros - 00
Despreze os 2 zeros e use o algarismo à esquerda desses zeros.
Mas, lembre-se de que representamos séculos usando algarismos romanos. Se você tem dúvidas sobre como escrever usando esses algarismos, consulte nosso estudo.
Aqui devemos isolar os algarismos à esquerda dos zeros.
Contando os séculos
Se o ano terminar de outra forma:
Desconsidere a unidade e a dezena, se houver, e adicione 1 ao restante do número.
Acompanhe!
Medindo o tempo
Os homens começaram a se preocupar em medir o tempo há milhares de anos, principalmente por causa da agricultura. Era preciso marcar o melhor tempo de semear para poder calcular quando seria o tempo de colher.
Além disso, eles faziam cerimônias religiosas em determinadas datas, pedindo aos deuses em que acreditavam para proteger o povo e lhe dar alimento.
Essa marcação de tempo era feita com base no movimento do sol e das estrelas que marcam as estações.
Praticamente todas as grandes civilizações criaram sua maneira de medir o tempo, como os maias, e os astecas, que viveram nas Américas há muitos anos e foram dizimados. Os astecas, inclusive, tinham dois calendários: um de 365 dias, relacionado às estações, considerado calendário solar ou agrícola e outro de 260 dias, considerado sagrado.

Medindo o tempo
Veja alguns exemplos de calendários:
O mais antigo
Em 2013, pesquisadores ingleses revelaram ter encontrado na Escócia o mais antigo calendário, com mais de dez mil anos, criado por um povo que sequer praticava a agricultura, e que era caçador e coletor de frutas/raízes. Esse calendário rudimentar já mostrava as fases da lua, representadas por pedras arrumadas por tamanho e orientadas para o local onde o sol nascia.
Sumério
Os sumérios, povo que viveu na região da Mesopotâmia entre os anos de 5000 e 1950 a.C., aproximadamente, desenvolveram um calendário que usava as fases da lua, tendo 12 meses lunares. Tinha 354 dias, 11 a menos que o ano solar. Alguns estudiosos afirmam que os caldeus introduziram um mês extra, ao final de três anos no calendário lunar sumeriano. Assim, compensariam a diferença entre os anos e as estações, batendo sempre a contagem do tempo com as estações do ano.
Medindo o tempo
Egípcio

No começo, o calendário egípcio era lunar, baseado no calendário sumério. Entretanto os egípcios perceberam que demorava 365 dias para o sol se aproximar da "Estrela do Cão" (Sírius) e que isso significava que estava muito próximo do rio Nilo inundar. Desde então passaram a adotar um calendário solar tendo 12 meses de 30 dias e cinco dias extras que eram dedicados aos Deuses.
O rei Ptolomeu III tenta acrescentar um dia extra, de 4 em 4 anos, ao calendário, mas não obteve êxito. Somente no império romano, entre 26 e 23 a.C., que sua proposta foi revista e introduzida no calendário por Julio Cesar.
Medindo o tempo
Hebraico

O calendário hebraico (ou judaico) é um calendário lunisolar. A princípio, o calendário judaico é um calendário lunar. Seu ano é composto por 12 meses lunares, que ora tem 30 dias e ora 29 dias. O início de cada mês é sempre no início da lua nova. Em observância a um mandamento divino descrito no livro Êxodo, o início do ano deveria sempre coincidir com o início da primavera.
Para isso, acrescenta-se um mês extra de 30 dias. O ano em que se acrescenta um mês é chamado de embolismal. O calendário hebraico tem um ciclo de 19 anos que contém 12 anos comuns e 7 anos embolismais.
Medindo o tempo
Grego
O calendário grego a principio é lunar e depois se torna lunisolar. Era formado por 12 meses lunares de 29 ou 30 dias alternadamente. Para sanar a diferença de 11 dias do ano lunar para o ano solar, os gregos adicionavam um 13° mês ao calendário. Assim, existiam anos de 354 ou 355 e 384 ou 385 dias. Para unificar esses anos, instituiu-se um ciclo de 8 anos onde se tinham cinco anos de 354 e três de 384 dias.
Por volta de 432 a.C., o astrônomo Méton descobre que o ciclo de 19 anos, permitia uma sincronia melhor entre o calendário solar e o lunar. Assim, os anos 3, 6, 9, 11, 14, 17 e 19 teriam 13 meses. O restante 12 meses. Essa descoberta foi escrita em letras de ouro no templo de Atenas.
Medindo o tempo
Islâmico
O calendário islâmico é lunar, composto por 12 meses de 29 ou 30 dias somando-se 354 dias. Nos anos abundantes temos 355 dias. O calendário segue um ciclo de 30 anos onde 11 anos são abundantes e 19 são normais, com 354 dias. O ano 1 é a data da fuga de Maomé de Meca para Medina, em 16 de julho de 622.
Por ser um calendário lunar, não acompanha as estações do ano e por isso, datas importantes como o
Ramadã podem acontecer em estações diferentes do ano. Para os muçulmanos, o dia começa assim que o sol se põe.
Medindo o tempo
Chinês
O calendário chinês é um calendário lunisolar e tem um ciclo de 12 anos e cada ano recebe o nome de um animal do horóscopo chinês.
Além disso, de sete em sete anos é acrescentado um 13º mês a fim de resolver a diferença do ano lunar (354 dias) com o ano solar (365 dias).
O ano novo chinês começa sempre em uma lua nova, entre 21 de Janeiro e 20 de fevereiro e é muito comemorado na China. Desde 1912, a China adotou o calendário gregoriano, mas continua com a contagem no calendário chinês.

Medindo o tempo
Maia
Os maias possuíam dois calendários, que funcionavam simultaneamente.
O primeiro calendário utilizado pelos maias, o Tzolkin, tinha 13 meses de 20 dias cada, totalizando 260 dias e um caráter sagrado-religioso.
O calendário baseado no ciclo solar era agrupado em 18 meses de 20 dias. Existia ainda um "mês" de 5 dias denominado
wayeb dedicado a eventos religiosos. Esse calendário recebia o nome de Haab.
A combinação dos calendários Tzolkin e Haab formava um ciclo de calendário de aproximadamente 52 anos solares. O encontro do início dos calendários era considerado o início de uma era.
Os maias tinham a noção do tempo circular e não linear. Alguns registros maias confundem registros passados com previsões para o futuro, mostrando que acreditavam na repetição dos acontecimentos dentro dos ciclos.

Medindo o tempo
Inca
Não existe muita documentação sobre o calendário inca, mas sabemos que o conhecimento preciso a respeito das constelações levou os incas a usar figuras muito semelhantes às figuras usadas pelos criadores do Zodíaco.
O ano tinha 365 dias com 12 meses de 30 dias e ao final do ano, 1 semana de 5 dias. Também usavam o recurso de acréscimo de 1 dia de 4 em 4 anos, semelhante ao nosso ano bissexto.
O observatório de Cuzco possuía oito torres voltadas para o nascente e outras oito torres voltadas para o poente com alturas desiguais. A partir da sombra projetada no terraço, calculavam a situação exata dos solstícios e equinócios.
Medindo o tempo
Asteca
O calendário asteca deriva do calendário maia mantendo o mesmo padrão. Dois calendários funcionavam juntos formando ciclos. O calendário de cunho religioso com 260 dias era chamado TONOMATL. Já o calendário solar era chamado de TONALPOHUALLI e continha 365 dias. Eram 18 meses de 20 dias cada e um mês mais curto de 5 dias também considerados dias de azar por isso eram dedicados ao culto religioso.

A pedra do sol é uma relíquia encontrada nas escavações de 1790, na Cidade do México, que mostra o calendário asteca.
Medindo o tempo
Indígena brasileiro
Os indígenas brasileiros tinham noções mínimas de calendário. Conheciam as quatro fases da lua, sua repetição e a alternância entre os tempos de calor, chuva, frio, seca, cheia dos rios, piracema e amadurecimento dos frutos. Entretanto, não faziam qualquer tipo de anotação e nem previsão.
Algumas tribos conheciam apenas duas estações: sol e chuva. Outras no sul do Brasil denominavam apenas os 10 dias anteriores e posteriores.
Medindo o tempo
Juliano
O calendário oficial romano tinha passado por diversas alterações que na prática não funcionavam ou não atendiam à necessidade de sincronização com as estações. O imperador Julio Cesar estabelece em 45 a.C. o ano de 365 dias e o bissexto de 366 de 4 em 4 anos. Assim ficou o calendário:
Marco Antonio, durante seu consulado, troca o nome do sétimo mês de Quintilis para Julius em homenagem a Julio Cesar, reconhecendo seu empenho em organizar o calendário romano. Em seguida, o senado romano altera o nome do oitavo mês de Sextilis para Augustus , pois nesse mês, Augusto deu início ao seu consulado e pôs fim à guerra civil. Para que o mês do imperador Augusto não ficasse com menos dias que o mês do imperador Julio Cesar, um dia foi retirado de Februarius e acrescentado em Augustus. Como teríamos uma sequência de 3 meses com 31 dias, foi retirado um dia de September e acrescentado em October. O mesmo aconteceu com November e December.
Medindo o tempo
Revolucionário Francês
O calendário revolucionário francês foi instituído em 1792 pela Convenção. O ano começaria no equinócio de outono. Era um calendário solar com 12 meses de 30 dias e mais 5 dias extras, 6 de quatro em quatro anos para total sincronia com as estações do ano.
O mês era dividido em 3 semanas de dez dias, os dias em 10 horas, divididas em 100 partes subdivididas em mais 100 partes.
Os dias tinham denominações diferentes e únicas que só repetiam no ano seguinte. Os meses receberam nomes inspirados em aspectos das estações da França.
O calendário revolucionário visava romper em definitivo com a igreja e com a nobreza, estabelecendo um calendário de base decimal, assim como o sistema métrico já implementado.
Em 31 de dezembro de 1805, Napoleão pôs fim ao calendário revolucionário retomando o gregoriano como oficial.

Fonte:Wikipedia
Medindo o tempo
Conclusão
Quando você for marcar um programa com sua turma, ou estiver consultando o dia da semana em que vai ser realizada uma prova, vai confirmar a importância do calendário, tão presente no nosso dia.
E se quiser saber mais sobre esse assunto, acesse os sites e conteúdos indicados nas áreas "Veja também" e "Pesquisa escolar" abaixo.