Buscando uma solução para resolver os problemas relacionados às emissões de carbono na atmosfera e na luta contra o aquecimento global, estudantes holandeses criaram uma forma de armazenamento de energia totalmente inovadora, bem mais barata, prática e sustentável que os combustíveis renováveis existentes. Trata-se do ácido fórmico, uma substância encontrada na natureza, em plantas como a urtiga, em certos tipos de insetos e na picada da formiga.

Na corrida para a construção de um novo futuro, o grupo criou o primeiro transporte do mundo a utilizar o ácido fórmico como combustível. O “produto” foi usado num ônibus e, segundo pesquisadores, é uma opção bem mais em conta que o hidrogênio gasoso e pode oferecer as mesmas vantagens ambientais.

O uso do ácido fórmico não é totalmente pioneiro, atualmente ele já é utilizado para outros fins, como em conservantes de alimentos para animais, removedores domésticos e em processamentos têxteis. Mas o uso em veículos elétricos é novidade.

Hidrozina

Chamado de hidrozina, o combustível que a equipe da Team Fast, empresa derivada da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, desenvolveu é um líquido de fácil abastecimento e transporte, com a diferença de ser mais limpo que os combustíveis tradicionais.

De acordo com Lucas van Cappellen, um dos criadores da novidade, com o ácido fórmico a poluição ao meio ambiente é bem menor. "Não são emitidos outros gases nocivos como óxido nítrico, fuligem ou óxidos sulfúricos", diz ele.

Mas o que é exatamente o ácido fórmico?

Líquido, incolor, cáustico, irritante e de cheiro forte, o ácido fórmico recebeu este nome porque sua primeira forma de obtenção foi por intermédio da destilação de formigas vermelhas. Através de sua picada, a espécie injeta o ácido carboxílico em sua vítima, causando dores intensas, inchaço e coceira.

Manipulado, ele é utilizado também na produção de ácido oxálico e de monóxido de carbono, como germicida, desinfetante e no tratamento contra o reumatismo. Com estudos aprofundados, descobriu-se que esse ácido também é encontrado em abelhas e em alguns tipos de frutos.

Já que falamos sobre formigas, vamos relembrar quem são esses insetos

Os insetos formam o maior grupo dentro do Reino Animal, atingindo pelo menos 800.000 espécies. São animais de corpo segmentado e estão espalhados por todo o mundo, das regiões polares aos trópicos e englobam espécies que vivem em terra firme, águas doces, salgadas e termais.

Na natureza existem insetos de diversas formas, tamanhos e cores. No entanto, certas características de sua anatomia (forma) são comuns a toda a classe, sendo seu corpo composto de três partes: cabeça, tórax e abdome, além de antenas no alto da cabeça e três pares de patas. O esqueleto dos insetos é chamado de exoesqueleto (esqueleto externo). A maioria possui asas; mas são comuns também aqueles que não as possuem (formigas, por exemplo).

Devido a diversidade de espécies, uma forma encontrada de catalogá-los foi de acordo com as asas que apresentam ou não:

• Himenópteros - asas parecidas com membranas - aqui se incluem insetos sem asas, como a formiga e a abelha
• Dípteros - duas asas, como a mosca e o mosquito.
• Coleópteros - asas formando estojo, como o besouro.
• Ortópteros - asas retas, formando angulo reto com o corpo, como a barata e o gafanhoto.

Falando sobre o futuro

Muitas empresas já estão apoiando o projeto com o ácido fólico para diminuir os problemas relacionados ao meio ambiente. Além disso, muitas vêm utilizando a energia renovável como ponte para o futuro. Vale ressaltar que energia renovável é aquela que vem de recursos naturais e inesgotáveis, como a luz do Sol, o vento, as chuvas, as marés, entre outros.