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Visita histórica de Obama a Cuba: o primeiro presidente americano a visitar a ilha em quase 90 anos

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Após décadas de uma relação conflituosa entre Cuba e Estados Unidos, Barack Obama, presidente norte-americano, visitou a ilha, em março de 2016, com o intuito declarado de incrementar as relações entre os dois países que foram retomadas em 2014.  Obama é o primeiro presidente americano, em 88 anos, a visitar o país e o fez acompanhado de sua família e de uma pequena delegação.

 

Rompimento

 

A visita só foi possível pelo consenso entre Barack Obama e o presidente de Cuba, Raul Castro, em acabar com o distanciamento que teve origem quando a Revolução Cubana derrubou o governo pró-EUA, em 1959, e instalou um governo de orientação socialista.

 

O mundo vivia, então, o auge da chamada Guerra Fria, que punha em lados opostos os Estados Unidos, defensor dos ideais capitalistas e a URSS, defensora do ideário social-comunista e onde Cuba buscou apoio ideológico e econômico.

 

Em 1961, uma força militar formada por exilados cubanos, mas treinada e financiada pelo governo americano, tentou invadir Cuba, no episódio conhecido como invasão da baía dos Porcos, mas foi rechaçada pelo exército cubano, durante o governo do carismático ex-presidente, Fidel Castro, o líder da revolução.  As relações diplomáticas entre os dois países foram interrompidas e a situação só se deteriorou.

 

Em 1962, Cuba permitiu a instalação, em seu território, de mísseis nucleares soviéticos, o que foi visto pelo então presidente americano, John Kennedy como uma perigosa ameaça aos Estados Unidos, que promoveram um bloqueio naval a Cuba. O episódio, um dos momentos mais dramáticos da Guerra Fria, ficou conhecido como a crise dos mísseis e acabou com a desistência da URSS na instalação dos mísseis.

 

O governo norte-americano impôs um embargo naval à ilha, impedindo os cargueiros russos de chegarem a Cuba.  Além disso, entrou em acordo com o presidente soviético, prometendo respeitar a soberania cubana, em troca da retirada da pretensão do rival de possuir mísseis em território cubano.

 

No mesmo ano do embargo econômico, que perdura até os dias de hoje, Cuba foi expulsa da Organização dos Estados Americanos (OEA) e só foi readmitida quase cinquenta anos depois.

 

O embargo econômico foi, mais tarde, ampliado e convertido em lei, e restringe fortemente as relações comerciais de empresas americanas com Cuba e enfrenta críticas severas, merecendo até mesmo condenação das Nações Unidas.  O embargo causou sérios problemas à economia da ilha e Cuba passou a depender do apoio soviético para dar sustento à sua economia, precisando de subsídios financeiros

 

Reaproximação

 

Com o fim da União Soviética, Cuba precisou iniciar ações para a reabertura de sua economia e fez hesitantes flexibilizações no direito à propriedade, respeito aos direitos humanitários. 

 

A mudança de poder de Fidel Castro, muito doente, para o seu irmão, Raúl Castro, potencializou essas modernizações. A partir daí foram surgindo empresas privadas no país, principalmente no setor de turismo e milhares de trabalhadores cubanos começaram a trabalhar por conta própria.

 

Foi nesse contexto que brotou o restabelecimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos, a partir de 2014. O presidente Obama tomou algumas medidas para acelerar o processo de retomada das relações: a reabertura da embaixada americana em Cuba, flexibilização nas viagens de norte-americanos ao país com intuito educacional, alívio das restrições do uso do dólar em transações bancárias, incentivos aos negócios entre os dois países, trocas de prisioneiros e a retirada de Cuba da lista de países que financiam e apoiam o terrorismo.

 

Quando o anúncio da reaproximação foi feito, os EUA também anunciaram a autorização de vendas e exportações de bens e serviços dos EUA para Cuba, e que norte-americanos poderiam importar bens de até U$400 de Cuba. Além disto, o governo iniciou esforços para melhorar o acesso de Cuba à internet e à telecomunicação.

 

Mas o principal obstáculo ainda permanece – o embargo econômico, que só pode ser suspenso se a medida for aprovada no Congresso americano, predominantemente constituído pelo Partido Republicano, contrário a esta mudança.

 

É esperar para ver!

 

 

 

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