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Venezuela: a agonia de um país

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A Venezuela vive uma crise sem precedentes em sua história: desde abril o governo de Nicolás Maduro enfrenta uma onda de protestos e reage com igual intensidade.

O país está dividido entre os chamados chavistas, simpatizantes das políticas adotadas pelo ex-presidente Hugo Chávez e os opositores, que desejam o fim da hegemonia do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), há dezoito anos no poder.

Maduro afirma que há uma conspiração de direita, fascista, objetivando um golpe de estado contra o governo e que, por trás dessa conspiração, estariam os Estados Unidos, de olho numa possível intervenção no país. E mais: que haveria uma manipulação da mídia internacional, exagerando a dimensão de tais protestos. 

Contudo, não há como negar a existência dos protestos, devidamente registrados por filmes e fotos.

Os opositores de Maduro clamam pela realização de eleições. O país tem pendentes as eleições para governadores, que deveriam ter sido realizadas em 2016, e as de prefeitos, previstas para 2017. Em 2018, vale lembrar, deverão ocorrer eleições presidenciais. O governo alega que as eleições não foram realizadas por falta de recursos financeiros para organizá-las, mas a oposição sinaliza que Maduro teme o resultado dessas eleições, as quais poderiam decretar o fim do chavismo.

A oposição também deseja a libertação dos presos políticos, a maior parte deles detida desde as manifestações ocorridas em 2014. O mais famoso desses presos, Leopoldo Lopez, detido em 2014, e que se tornou um símbolo da oposição, foi posto em prisão domiciliar em 8 de julho último, dadas as suas condições frágeis de saúde. Entretanto, foi novamente preso em 1 de agosto.

A ONU pede a libertação de todos os presos políticos, mas Maduro se recusa a autorizar que os representantes da organização visitem as prisões onde tais presos se encontram.

Além da crise política, a Venezuela enfrenta grave crise econômica, causada pela queda do valor do petróleo, que responde por mais de 90% das exportações do país. A inflação atingiu 700%, a maior em nível mundial, e ainda há desabastecimento generalizado e desemprego. A saúde pública também enfrenta estado de calamidade, com a falta de remédios e de insumos básicos. Tudo isso tem levado não apenas à migração, mas também à violência generalizada. 

A aprovação ao governo de Maduro caiu para 10% e mesmo assim ele realizou eleições, em 30 de julho, para estabelecer uma Assembleia Constituinte, nos termos do que lhe permite a atual Constituição.


De nada valeram os protestos da população e da Assembleia Nacional, que reúne o equivalente no Brasil ao poder legislativo (Senado + Câmara de Deputados), e é controlada pela oposição contra o que se diz ser mais uma manobra de Maduro para se perpetuar no poder.

Apesar da abstenção de quase 80% da população, dos protestos de diversas nações, inclusive o Brasil, que lamentou o “desrespeito ao princípio da soberania popular”, Maduro segue. 

O povo venezuelano e a opinião pública internacional aguardam o desenrolar dos fatos.

 

 

 

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