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Troca de comando na Europa

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Após quase 39 anos de reinado, o rei Juan Carlos I abdicou recentemente do trono da Espanha em favor do seu filho, o príncipe herdeiro Felipe Borbón. Segundo Juan Carlos, sua saída é para dar um novo ar à monarquia espanhola, que viria com a juventude de Felipe, de 46 anos. Advogado e especialista em Relações Internacionais, Felipe Borbón também tem formação militar e, desde novo, tem uma intensa atividade pública.

Entretanto, nesse início de reinado, Felipe terá que aprender a conviver com a sombra da popularidade do seu pai. Conduzido ao trono pelo então ditador Francisco Franco, Juan Carlos ganhou o coração do povo ao abrir mão dos poderes absolutistas que o rei da Espanha até então gozava. A popularidade de Juan Carlos cresceu ainda mais quando, em 1981, fez oposição a uma tentativa de golpe de Estado. Nos últimos anos, porém, alguns escândalos vêm arranhando a imagem do monarca que, ainda assim, tem prestígio junto aos juancarlistas.

Outro desafio para Felipe de Borbón é se manter distante da sua irmã, a princesa Cristina, e de seu cunhado, Iñaki Urdangarín, ambos suspeitos de corrupção. Embora neguem, Cristina e Urdangarín estão sendo investigados pelo desvio de 6 milhões de euros de fundos públicos através de entidades beneficentes.

Republicanos e separatistas

Mas é fora do Palácio da Zarzuela, em Madri, que estão os maiores problemas de Felipe de Borbón nesse início de reinado. A começar pelos gritos dos republicanos. Logo após Juan Carlos abdicar ao trono, milhares de pessoas foram às ruas em diversas cidades da Espanha pedindo um referendo sobre a continuidade ou não da monarquia espanhola. Embora os partidos defensores da monarquia ainda sejam maioria no parlamento espanhol, esse é um problema que pode crescer caso Felipe fracasse na sua busca por popularidade.

A unidade espanhola é outro tema que promete tirar o sono do novo monarca espanhol. Há muito tempo que catalães e bascos defendem, sem sucesso, sua separação de Madri, e uma possível fragilidade do novo governo pode fazer com que esses gritos ecoem com mais força pela Espanha. A favor de Felipe está o fato de o novo rei falar fluentemente catalão, virtude especialmente apreciada na Catalunha e que pode lhe garantir, pelo menos, uma boa vontade dos catalães.


Entretanto, é a economia que pode garantir a Felipe de Borbón a tranquilidade em seu início de reinado. Após quatro anos de PIB negativo e crescimento zero, o país deve finalmente sair do vermelho em 2014. Além disso, o déficit público e o desemprego também vêm caindo na Espanha, o que pode melhorar o humor dos espanhóis e deixá-los menos exigentes com o novo rei.

 

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