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Sudão do Sul vive a pior crise humanitária do mundo

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Relatório recente da ONU alerta para a mais grave crise humanitária do mundo, no Sudão, num cenário de massacres, abusos sexuais e sucessivas violações de direitos humanos.

 

 

 

Em 2011, por força de um referendo popular, o Sudão do Sul se tornou independente da República do Sudão. Foi criado um governo interino, com Salva Kiir assumindo a presidência, tendo como vice seu antigo rival político: Riak Mashar.

 

 

 

Mas logo surgiram desentendimentos entre os dois políticos e Kiir demitiu Mashar e vários outros ministros, acusando-os de tentar um golpe de estado. Como resposta, o vice anunciou o interesse pela presidência do país.

 

 

 

Começava assim uma guerra civil que dividiu o país, se espalhou por diversas tribos e logo passou a ser permeado por tensões étnicas, já que os maiores grupos do Sudão do Sul, os Nuar e os Dinka, passaram a “lutar” em lados opostos. Enquanto os Nuar apoiam Mashar, os Dinka lutam a favor de Kiir. As diferenças étnicas entre os grupos acirraram ainda mais a rivalidade entre eles gerando uma onda de instabilidade no país.ENU

 

 

 

Desde então, diversos casos de saques, destruição, estupros, amputações e canibalismo forçado foram relatados, compondo um cenário de horror.

 

 

 

Um acordo de paz firmado em agosto de 2015 ainda não foi efetivamente cumprido e nenhum governo de transição chegou a ser composto.

 

 

 

Campo dos horrores

 

 

 

Em outubro de 2015, um relatório divulgado pela União Africana (UA), organização regional que integra 52 países, descreveu atos de “crueldade extrema” que iam desde abusos até episódios de pessoas forçadas a beber o sangue e comer a carne queimada de pessoas de seu grupo étnico.

 

 

 

As investigações apontam que os relatos de estupros coletivos representam apenas uma pequena fatia da situação real.

 

 

 

O relatório da ONU de 2016 denuncia dezenas de milhares de pessoas mortas e mais de dois milhões expulsas de seus lares pela guerra. Entretanto, dados não oficiais falam de dois milhões de mortos e de quatro milhões de deslocados.

 

 

 

Estupros em massa

 

 

 

A situação no Sudão do Sul é grave e a barbárie está longe de ter um fim. A maior parte das atrocidades é cometida contra a população civil, que está fora das hostilidades entre os grupos e depende de assistência humanitária. Segundo o documento, composto por 17 páginas, milicianos ligados ao governo teriam recebido “carta branca” para estuprar mulheres como forma de pagamento.

 

 

 

De acordo com Al-Hussein, alto comissário da ONU, “...trata-se de uma das situações mais espantosas no mundo para os direitos humanos, com um uso maciço dos estupros como instrumento do terror e arma de guerra". A ONU pretende aumentar as sanções contra o país e considera levar o caso até o Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, Holanda, que julga crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

 

 

 

O TPI é uma corte de última instância e só atua quando o sistema jurídico de um país se omite ou age para defender pessoas que deveriam ser penalizadas.

 

 

 

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