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Poderio nuclear norte-coreano tornou-se uma ameaça planetária

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Na segunda metade de 2017, a opinião pública internacional tem ficado apreensiva com os intensos testes nucleares da Coreia do Norte. O lançamento de mísseis intercontinentais têm abalado os mais céticos sobre artefatos nucleares do país.

 

A localização da Coreia do Norte, entre a Rússia, China, Coreia do Sul e Japão a coloca no centro geográfico das relações de poder político e econômico da Ásia. É um dos países mais fechados do mundo e poucos têm acesso ao seu planejamento estratégico-militar e econômico. Tem fortes raízes socialistas. Além disso, a nação é uma das mais pobres, e com grandes dificuldades de alimentar sua população.

 

Na Coreia do Norte, não há democracia. Desde a sua fundação, em 1948, o país tem a sua liderança passada de pai para filho. Primeiro foi Kim Il-sung, dominado pelas ideias marxistas da União Soviética que, ao morrer, em 1972, deixou o poder para o seu filho, Kim Jong-il, que chefiou o país até a sua morte, em 2011, quando o posto foi ocupado por Kim Jong-um. Em 1993, o país começou a desafiar a comunidade internacional, após proibir a inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em seu território.

 

O país tem tecnologia nuclear desde a segunda metade do século passado, com a compra de equipamentos da antiga potência soviética. Mas, exatamente por ser um país fechado, seu programa nuclear é cercado de mistério. A Federação de Cientistas Americanos e o Instituto de Pesquisa da Paz Internacional de Estocolmo consideram que o país deva ter menos de dez ogivas de plutônio. Teme-se que a Coreia do Norte comece a vender forças nucleares a grupos terroristas. Suas armas podem não ser muito boas, mas bombas ruins podem ser mais perigosas que as de qualidade.

 

Em 2003 a Coreia do Norte anunciou sua saída do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e a reativação de suas usinas. No mesmo ano, o governo norte-coreano avisou aos americanos que possuía armas nucleares. Os primeiros testes ocorreram em 2006 e desde então não foram interrompidos. Mas a frequência aumentou mais recentemente e depois de julho, quando foram lançados mísseis sobre o espaço aéreo japonês, sabe-se de que a evolução armamentista norte-coreana certamente chegará até o modelo que terá alcance planetário. A Coreia do Norte deixou de ser uma ameaça regional para ser global.

 

Mas de onde vem o dinheiro? O país exporta principalmente peixes, roupas, carvão e minérios e agora objetiva fabricar armas, com mão de obra escrava doméstica. E vende para quem? Entre os principais clientes estão Síria e República do Irã. Mas há outros! Mesmo com a proibição da ONU, através de sanções, já foram flagrados comprando armas da Coreia do Norte, Cuba, Uganda, Etiópia, Tanzânia e Congo. Sem contar que os norte-coreanos produzem e vendem metanfetamina para a China.

 

A grande questão é como neutralizar o crescimento desse poderia militar. Seria de bom tom que as grandes potências econômicas entendam que o status nuclear da Coreia do Norte é irreversível e que seu crescimento interessa muito à condição geopolítica da China. Se a Coreia do Norte sofrer um colapso, há quem diga que a reunificação com a Coreia do Sul seria possível, o que colocaria em cheque a supremacia chinesa na Ásia, uma vez que o Japão já é uma ameaça capitalista. Não é à toa que o governo chinês tem uma posição ambivalente, condenando os testes nucleares norte-coreanos ao mesmo tempo em que nega apoio a mais sanções econômicas ou ações militares preventivas.

 

No início de setembro de 2017 novas sanções foram aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU, onde os aliados norte-coreanos, Rússia e China, têm poder de veto, contra medidas mais duras sugeridas pela Europa Ocidental e Estados Unidos. As novas resoluções limitam as exportações de petróleo (gás natural liquefeito e condensado e óleo), o que causa um impacto econômico na China, seu maior fornecedor desse recurso natural.

 

Além disso, todos os estados-membros da ONU (perto de 200 países) têm obrigação de interromper as importações de têxteis da Coreia do Norte, seu segundo maior item de exportação, depois do carvão. A intenção é suprimir a geração de dinheiro do país e evitar que ela o gaste com tecnologia nuclear. É bom lembrar-se de que os seus governantes deixam o povo passar fome, mas não deixam o seu programa de construção de armas nucleares.

 

Agora, é esperar para ver!

 

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