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Os novos passos da política externa norte-americana

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Quase cinco meses após anunciar um acordo para a retomada das relações diplomáticas com Cuba, os Estados Unidos voltam a surpreender o mundo. Depois de 18 meses de negociações, idas e vindas e ameaças de ambos os lados, os norte-americanos selaram um novo acordo histórico, desta vez com o Irã. Na negociação, os iranianos concordaram com as restrições exigidas ao seu programa atômico, enquanto os Estados Unidos se comprometeram a retirar as sanções econômicas que se tornaram ainda mais intensas nos últimos cinco anos.

 

O acerto com os iranianos é mais um grande passo dado por Barack Obama em sua nova política externa. Obama está deixando de lado a política de isolamento dos inimigos em vigor até então nos Estados Unidos e está procurando se aproximar deles, com a intenção de conquistá-los com os benefícios existentes em uma sociedade livre. Se vai dar certo ou não, apenas o tempo dirá, mas a nova política vem dando o que falar dentro e fora dos Estados Unidos.

 

Se internamente republicanos e, até mesmo, alguns democratas se mostram preocupados com os novos rumos da política externa do país, no exterior, as dúvidas não são diferentes. Vizinho iraniano e inimigo histórico do país dos aiatolás, Israel se colocou contrário ao acordo, pois acredita que ele possa ameaçar sua sobrevivência, com um possível desenvolvimento de armas nucleares por parte do Irã.

 

Abertura de ambos os lados

 

O sucesso do novo acordo é consequência também de uma mudança de postura por parte dos iranianos. Anteriormente refratários a qualquer acordo com os inimigos norte-americanos, os iranianos vêm se mostrando mais receptivos desde a chegada de Hassan Rouhani à presidência do país, em 2013. Naquele ano, em seu discurso de posse, Rouhani sinalizou ao mundo o desejo de fomentar a confiança entre o Irã e o resto do mundo, algo que parece finalmente ter conquistado.

 

Entretanto, os Estados Unidos estão longe de confiar cegamente em seus novos parceiros internacionais.

O novo acordo traz uma lista de ações que precisam ser implementadas pelos iranianos para que norte-americanos e europeus levantem as sanções econômicas, financeiras e no setor de petróleo em vigor atualmente. Caso alguma dessas ações não seja cumprida, as sanções serão reativadas.

 

Pelo lado iraniano, o momento é de alívio com o fim das sanções que vinham sufocando a economia do país nos últimos cinco anos. Além de não conseguir vender o petróleo no mercado internacional, os iranianos também estavam sem acesso aos mercados financeiros internacionais. O resultado foi uma queda substancial no PIB nacional nos últimos dois anos, além do aumento da inflação, do desemprego e da pobreza no país. Assim, não surpreende que, logo após o anúncio oficial do acordo entre Obama e Rouhani, milhares de pessoas tenham ido às ruas de Teerã para comemorar o novo futuro que se descortina para o Irã.

 

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