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Mulheres: os principais alvos de grupos radicais na África e Oriente Médio

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No ano em que o ENEM surpreendeu trazendo como tema da redação a violência contra a mulher, o mundo acompanha a escalada da crueldade pelas atuações do grupo terrorista Boko Haram, na Nigéria, contra as mulheres. Enquanto estudantes brasileiros discursavam sobre o assunto, várias delas permaneciam sob o poder do grupo sendo alvo de estupros, agressões, casamentos forçados, além de servirem no comércio sexual ou serem usadas como bombas humanas.

 

O anúncio recente do resgate de mais de 300 mulheres e crianças capturadas pelos extremistas na região nordeste do país relembrou o episódio de 2014, quando 276 meninas foram sequestradas de uma escola no vilarejo de Chibok por membros da facção. O fato, que à época revelou o poder e as atrocidades cometidas pelo Boko Haram, foi mais uma investida para impor a lei islâmica no país.

 

Violência na Nigéria

 

No caso Chibok 50 meninas conseguiram escapar, mas a maioria ainda está desaparecida. Infelizmente o fato que chamou a atenção para a violência na Nigéria não foi um caso isolado. Ainda hoje o horror e a crueldade compõem o cenário da região, que enfrenta conflitos diários envolvendo as forças militares, as milícias de autodefesa e o grupo terrorista.

 

Um relatório da Anistia Internacional mostrou que o Boko Haram foi responsável por mais de dois mil sequestros de meninas e mulheres entre o início de 2014 e março de 2015. Eles se opõem à participação delas no contexto educacional do país. O grupo também teve participação na morte de mais de quatro mil civis e em diversas invasões e ataques.

 

O Boko Haram foi fundado em 2002, na Nigéria, por um líder religioso extremista chamado Mohammed Yusuf que venerava a organização Taliban no Afeganistão. O nome, que significa “educação ocidental é pecado”, traduz as ações do grupo que se assemelha ao radicalismo islâmico. No início apresentava-se como uma seita religiosa e pregava a cultura ocidental como a razão para os problemas no país. Com o passar do tempo, tornou-se um grupo militar armado e treinado por militantes da Al-Qaeda e radicais residentes na África.

 

Direitos cerceados

 

Para acentuar ainda mais as questões que cerceiam os direitos das mulheres especialmente em países menos desenvolvidos, o EI (Estado Islâmico), aliado do Boko Haram, proibiu a atuação de médicos ginecologistas homens dentro dos territórios sob os quais mantém domínio. A ação agrava o quadro de violação dos direitos femininos, marcado por tantas desigualdades.

 

Abu Mohammed, criador da ONG Raqqa Is Being Slaughtered Silently, afirma que vários médicos foram ameaçados de morte pelos terroristas e partiram. Todas as clínicas que cuidam da saúde da mulher em regiões dominadas foram fechadas e os atendimentos em hospitais restringidos. Mohammed ressalta a falta de profissionais do sexo feminino nessa área.

 

Classificada como uma grave violação dos direitos humanos, a violência contra a mulher é uma opressão mundial que traz sérias consequências para a sociedade. Além de afetar o bem-estar pessoal, as agressões físicas, sexuais e mentais desequilibram também o ambiente familiar, a comunidade e o país onde vivem.

 

A violência custa caro e resulta em gastos que vão desde a saúde até perdas de produtividade, segundo a ONU. As sequelas das agressões provocam grandes impactos sobre a economia, com impacto direto no orçamento nacional e no desenvolvimento global, uma vez que elas são impedidas de participar efetivamente da coletividade.

 

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