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DSTs: quem conhece se previne?

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Depois que a Aids roubou a cena, as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) erroneamente deixaram de ser tratadas com sua devida preocupação. De certa forma, parecem já não assustar mais. Como consequência, métodos eficazes contra essas infecções acabaram se tornando menos comuns e habituais. Hoje, metade da população brasileira reconhece que despreza a prevenção por intermédio de preservativos, mesmo tendo conhecimento de sua importância.

 

Diferente da Aids – que fez vários estragos nos anos 80 e 90 levando a óbito várias pessoas, inclusive ídolos famosos no auge de suas carreiras – a maioria das DSTs tem cura, entre elas a Hepatite B, que desde 2014 teve um número crescente de transmissões, cerca de 74%. O próprio HIV também deu um salto na contaminação. Na última década houve um aumento de 52% entre indivíduos de faixa etária de 15 a 19 anos, aproximadamente 592.914 registros até 2010.

 

O Brasil tem um programa de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis reconhecido mundialmente por sua excelência. A vacina quadrivalente do HPV é oferecida gratuitamente nos postos de saúde para meninas entre 9 a 13 anos, e protege contra vírus que podem, no futuro, concorrer para ocorrência de câncer.

 

O uso da camisinha no início da vida sexual ainda continua sendo um fantasma e o reflexo está nos números. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, entre a população sexualmente ativa do Brasil, a sífilis atinge um número de 937.000 casos, a gonorreia, 1.541.800 casos, a clamídia, 1.967.200 casos, o herpes genital, 640.900 casos e o HPV (papiloma vírus humano) – um dos vilões do câncer do colo do útero - 685.400 casos.

 

Sexo sem medo

 

Não obstante toda a informação que os jovens hoje detêm e o acesso facilitado a ela, instaurar uma cultura do uso do preservativo entre eles ainda é difícil, principalmente quando o relacionamento se torna sólido. Segundo o Ministério da Saúde apenas 30% dos jovens continuam usando preservativos depois que o parceiro se torna fixo. Adultos também fazem parte do prognóstico. Geralmente, ambos só utilizam a camisinha nas primeiras relações sexuais. A partir do momento em que passam a confiar em seus parceiros, abandonam o hábito.

 

Quando a Aids passou de uma doença terminal para uma doença tratável, a patologia passou a figurar como algo corriqueiro. Como não se convive mais com relatos sobre mortes, o temor de contrair o vírus diminuiu significativamente. Se, por um lado, a ausência do medo minimizou o preconceito contra os soropositivos, por outro fez aumentar a resistência ao uso da camisinha.

 

Campanhas

 

O Brasil tem um programa de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis reconhecido mundialmente por sua excelência. A vacina quadrivalente do HPV é oferecida gratuitamente nos postos de saúde para meninas entre 9 a 13 anos, e protege contra vírus que podem, no futuro, concorrer para ocorrência de câncer.

 

Entretanto, há estoques encalhados na rede pública de saúde e em 2016 a imunização atingiu menos de 50% da população alvo, quando a meta era 80%. Ao lado do herpes genital, o HPV continua sendo a virose sexual mais transmitida entre os jovens com idade abaixo de 25 anos.

 

Campanhas a favor da vacinação, que estará disponível até o final do ano, tentam minimizar os impactos previstos pelo Instituto Nacional do Câncer: o surgimento de 16 mil novos casos da doença em 2016 e mais de cinco mil mortes.

 

A sífilis voltou a crescer e o Rio de Janeiro, por exemplo, apresentou o maior número de casos em gestantes e recém-nascidos, já que a doença é transmitida da mãe para o feto.

 

Chave para prevenção

 

A mudança no comportamento humano é uma das “curas” mais difíceis de serem atingidas pela ciência. Mas a educação preventiva continua sendo o caminho mais eficiente para falar com jovens e adultos.

 

Prevenir ainda é sempre a melhor opção, com uso de preservativo e com a vacinação quando disponível.

 

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