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Crise política na Itália

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As primeiras décadas do século XXI vêm sendo um desafio para o planeta, por diversas questões, mas para a Europa, a situação é bem crítica.

 

Os últimos anos já têm mostrado elementos que indicam um futuro bastante conturbado, como a crise de diversos países da zona do Euro, como Portugal, Espanha, Grécia e, em 2016, a Itália. O país vem passando por um período de forte estagnação econômica, e diante da tentativa de retornar ao caminho do crescimento, grupos políticos distintos buscam se afirmar.

 

As eleições de 2013 envolveram três grandes grupos. O primeiro foi a coalizão de centro-esquerda, liderada pelo ex-comunista Pier Luigi Bersani, do Partido Democrático (PD), o segundo o grupo do poderoso Silvio Berlusconi, composto por uma aliança entre o Povo da Liberdade (PDL) e a Liga Norte, de extrema direita e o terceiro também uma colaizão, esta de centro,liderada pelo então premiê, Mario Monti, que formou um governo provisório, após a renúncia de Berlusconi, visando "salvar" o país da crise da zona do euro.

 

Silvio Berlusconi, que já foi primeiro-ministro da Itália, é um dos políticos mais influentes e poderosos, tendo vínculos com importantes setores da sociedade e da economia do país, visto que é proprietário de redes de televisão, bancos e outras empresas. O terceiro e último mandato do italiano foi em 2008, quando já acumulava notícias sobre seu envolvimento em diversos casos de corrupção. Pesa negativamente o fato de ter criado uma fortuna pessoal de cerca de US$ 9 bilhões e sua gestão ter deixado uma dívida nacional de US$ 2,6 trilhões. Desde então, a Itália começou a dialogar com mais frequencia com os apoios possíveis da União Europeia, e o principal objetivo era reverter essa situação.

 

O quadro ficou bastante complicado em 2013, quando se iniciou um período de maior instabilidade política. O empate técnico de diferentes candidatos deu o cargo de primeiro-ministro para Bersani, mas foi Enrico Letta que acabou assumindo o cargo. Mas, antes, Berlusconi e Bersani já haviam feito um acordo com Mario Monti para eleger Franco Marini, um ex-sindicalista católico. Porém, a aliança entre a centro-esquerda de Bersani e a extrema direita de Berlusconi não deixou satisfeita boa parte dos deputados e senadores de seus partidos, que acabaram votando em outros candidatos, inviabilizando a concretização do acordo. Tal acontecimento gerou incertezas políticas e econômicas e o crescimento de outra força política, o Movimento 5 Estrelas, liderado por Giuseppe Piero Grillo, que é o partido crítico dos demais grupos e evita alianças com as demais forças políticas do país.

 

Tudo isso têm deixando a Itália em forte risco econômico. A instabilidade política é crescente e a falta de unidade é visível, o que afasta investimentos do país e o deixa em uma situação complicada, sobretudo diante da zona do euro.

 

Enrico Letta não cumpriu sua promessa de reduzir a crise italiana e, em 2014, o centrista Matteo Renzi, do Partido Democrático, assumiu o poder, sem conseguir o sucesso também prometido. Em 2016, Renzi propôs um referendo que debatia uma reforma política na constituição italiana, canalizando maiores poderes para o governo executivo nacional em detrimento do parlamento. A campanha do referendo polarizou o país e o "NÃO" venceu culminando na renúncia de seu proponente, o primeiro-ministro, que fou sucedido por Paolo Gentiloni, nomeado pelo presidente da Itália, Sergio Maltarella.

 

Na Itália, quem comanda o país, de fato, é o primeiro-ministro, mas também há o presidente. As próximas eleições serão em 2018 e especula-se que poderão ser antecipadas para este ano. Nesse caso, aparentemente quem mais se beneficiaria seria o Movimento Cinco Estrelas, pegando carona na onda populista que se alastra pela Europa.

 

Por enquanto, devemos aguardar...

 

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