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CRISE GREGA

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Em 2016, o Reino Unido optou pela saída da União Europeia, dentro de um contexto de insatisfação de vários países com a regionalização de direitos e deveres e a redução das características individuais de cada nação. Os especialistas em geopolítica já apresentam suas previsões: o resultado do referendo no Reino Unido pode criar um efeito de dominó, com realização de plebiscitos semelhantes em outros países do bloco econômico.

 

A Grécia é um exemplo especial e que precisa ser analisado de forma diferenciada, após os piores resultados econômicos nos últimos anos e a opressão do Pacto de Austeridade do Banco Central Europeu (BCE). Vamos entender...

 

A Grécia é uma das portas de entrada da União Europeia, pelo Mar Mediterrâneo, e ingressou no bloco econômico em 1981, após a restauração da democracia no país. Com o dinheiro da União houve investimentos em vários setores, principalmente turismo, saúde, indústria elétrica e telecomunicações, dando aos gregos, um padrão econômico sem precedentes.

 

Em 2008, uma crise financeira iniciada nos Estados Unidos e que ganhou contornos internacionais, chegou na Europa e na Grécia. Foi então que se descobriu que o país maquiava as contas públicas e sua dívida era muito grande. Imensa, na verdade. A Grécia deve € 320 bilhões, ou 177% do seu PIB. Ou seja, deve muito mais do que produz nacionalmente.

 

A crise global limitou o acesso do país ao crédito, o que motivou a intervenção de outros países da zona do euro, que temiam o impacto da suspensão dos pagamentos. Banco Central Europeu e FMI têm emprestado dinheiro para a Grécia, desde 2010.

 

Em 2015, a Grécia recebeu um aporte financeiro de 110 bilhões de euros que serviram, em sua maioria, apenas para pagar os bancos privados europeu. Não foi suficiente. Um segundo resgate elevou a cifra total para 240 bilhões de euros.

 

Mas, para receber o dinheiro, a Grécia precisou comprometer-se a realizar reformas e medidas amplas a serem implementadas nas áreas de sustentabilidade fiscal, e crescimento de longo prazo. São as medidas de austeridade.

 

Entre as medidas, estão drásticos cortes nos gastos públicos, aumento de impostos e reforma no sistema de previdência e no mercado de trabalho, com congelamento de salários de todos os funcionários públicos e privatizações de grandes empresas.

 

Em julho de 2015, os gregos foram às urnas votar pelo plesbicito que decidiria se eles queriam ou não mais um socorro financeiro. E a resposta foi NÃO, NÃO QUEREMOS. Os gregos veem os pacotes de austeridade como humilhantes.

 

Mas, as coisas tomaram um novo rumo. Menos de uma semana depois das eleições, o país voltou-se, novamente, de pires na mão, para a União Europeia. A Grécia capitulou e aceitou um acordo ainda mais rígido com líderes da zona do euro para iniciar as negociações de um terceiro pacote de empréstimos com duração de três anos, com valores superiores a € 80 bilhões. Em 2015, essa ajuda foi sido chamado de Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira.

 

E qual o motivo da Zona do Euro estar tão preocupada com os gregos? Bem, se a crise piorar e os gregos derem o calote, países que estão na berlinda, como Portugal, Itália, Espanha e Irlanda podem seguir pelo mesmo caminho. E se forem forçados a fazer intensos cortes nos gastos públicos, podem decidir sair da Zona do Euro. Será que poderá ocorre uma dissolução da União Europeia?

 

Enfim, o socorro financeiro fez bem para quem? O objetivo inicial era proteger a Zona do Euro e parece que as coisas estão funcionando por esse lado. Mas, a Grécia continua em crise e sua dívida só tem aumentado. A economia encolheu e a qualidade de vida retrocedeu aos tempos de antes da sua entrada ao bloco econômico. A taxa de desemprego é desesperadoramente alta e milhões de gregos vivem abaixo da linha da pobreza.

 

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