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Crianças-soldado no Sudão do Sul

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Quase um ano após o início dos conflitos, a Guerra no Sudão do Sul continua alarmando a sociedade mundial. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), milhares de pessoas já morreram e 1 milhão foram deslocadas para outros países da região diante do confronto entre os grupos étnicos do atual presidente, Salva Kiir, e de seu rival político e ex-vice-presidente, Riak Machar. Acusações de limpezas étnicas surgem de ambos os lados, com massacres tendo acontecido em algumas das principais cidades do país.

Além das barbáries em questão, outro ponto vem chamando a atenção do mundo: a participação de crianças-soldado nos confrontos sul-sudaneses. Em vez de estarem estudando, brincando ou com suas famílias, mais de 9 mil jovens sul-sudaneses foram recrutados para os conflitos de acordo com levantamento recente do organismo das Nações Unidas para a criança e o adolescente (Unicef). A prática é corrente em ambos os lados do confronto (sim, o governo também recruta crianças), e o recrutamento tem sido feito por chefes tribais, sob o argumento de defender a etnia. Muitos jovens também são sequestrados e outros são levados para o campo de batalha sob a promessa de que sairão da extrema pobreza ou vingarão seus pais.

Os relatos dos menores sobre a sua entrada e participação na guerra são estarrecedores. Os comentários são praticamente unânimes do horror sentido nos primeiros momentos e da busca pela sobrevivência nesses conflitos. Os que conseguem sobreviver ficam com marcas eternas, não apenas pela perda da infância, mas também pelo terror vivido nos campos de combate.

Crianças nos campos de batalha pelo mundo

Infelizmente, o drama das crianças-soldado não se restringe ao Sudão do Sul. No próprio continente africano, já houve outros relatos de jovens recrutados para os confrontos étnicos. Apenas na República Centro-Africana, a Unicef acredita que mais de 6 mil crianças estejam em combate defendendo não apenas as milícias insurgentes, mas também as tropas do governo.

Mas a barbárie infantil vai além das fronteiras africanas. Segundo a Unicef e a Anistia Internacional, cerca de 20 países pelo mundo são responsáveis por levar 300 mil crianças para a guerra, principalmente na Ásia e na África. Até mesmo o continente sul-americano tem do que se envergonhar, com relatos de crianças empunhando armas na Colômbia e nas favelas do Brasil. Sim, porque, embora não sejam tecnicamente encaradas como uma guerra, as realidades vividas por diversos jovens nesses países são dignas dos piores campos de batalha pelo mundo!


Empunhar armas, se não for para a prática do tiro esportivo, já é algo sem sentido, relacionado aos primórdios da humanidade e à incivilidade humana. Empunhá-las em uma guerra é mais sem sentido ainda. Mas levar crianças para uma guerra é realmente absurdo. Apenas o ser humano é capaz de fazê-lo, pois os animais, ditos irracionais, lutam para defender suas crias, salvando-as do perigo.

Além da crueldade desumana, as crianças são o futuro de qualquer país. Sacrificá-las é também sacrificar o futuro nacional!

 

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