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Cem anos da Primeira Guerra Mundial

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No dia 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, então herdeiro do Império Austro-Húngaro, foi assassinado por um militante sérvio. Um crime que poderia ser apenas mais um na história se tornou o estopim para uma série de eventos que culminaram na Primeira Guerra Mundial. De um lado, Alemanha, Áustria-Hungria e Itália formavam a Tríplice Aliança. Do outro, se juntaram a França, a Rússia e o Reino Unido na Tríplice Entente, que anos mais tarde contaria com a ajuda providencial dos Estados Unidos para vencer a guerra.
 

O mundo não seria mais o mesmo após a Primeira Guerra Mundial e a vitória da Tríplice Entente. As novas armas que surgiram na época, como tanques e aviões, causaram mais de 10 milhões de mortes e levaram devastação à Europa, que acabou mergulhada em uma grande crise econômica. Velhas formações políticas caíram, com o fim das monarquias absolutistas na Alemanha, Rússia, Áustria-Hungria e na Turquia, e novos países surgiram, com a chegada de Tchecoslováquia, Iugoslávia, Polônia, Síria e Líbano, além da União Soviética. Para completar, as duras penalidades impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes deixaram no ar um clima de revanchismo entre os alemães que, anos mais tarde, mergulharia a Europa na Segunda Guerra Mundial.
 

Entretanto, um dos pontos mais importantes da I Guerra Mundial foi o surgimento de uma nova potência mundial, os Estados Unidos. Inicialmente, os norte-americanos contribuíram com a Tríplice Entente fornecendo armas e alimentos, além da ajuda financeira. Entretanto, com a saída da Rússia por causa da Revolução Russa, os norte-americanos acabaram entrando no confronto, o que contribuiria para a vitória da Tríplice Entente. Com a Europa devastada, o caminho ficou aberto para o poderio industrial, militar e financeiro dos Estados Unidos.

O embrião da ONU

Ao final da grande guerra, a tentativa de garantir uma paz mundial duradoura levou os países envolvidos no confronto a criarem a Liga das Nações. Embora tenha tido importante papel no arbitramento de confrontos nos Balcãs e na América Latina, a Liga das Nações se mostrou inoperante para impedir ações violentas na Ásia e na Europa. Impotente diante da Segunda Guerra Mundial, a Liga das Nações se autodissolveu em 1946, mas acabou sendo o embrião do que mais tarde seria chamada de Organização das Nações Unidas (ONU).

 Também foi durante a Primeira Guerra Mundial que, pela primeira vez, surgiria uma proposta para a criação de um estado judeu na região que até então era conhecida como Palestina. Naquela que ficou conhecida como a Declaração Balfour, o secretário de assuntos externos britânicos Arthur James Balfour se mostrou favorável à criação do estado judeu na região em carta endereçada a Lord Rothschild, então líder da comunidade judaica no Reino Unido. Apesar do apoio britânico, o estado de Israel só seria criado em 1948, após a Segunda Guerra Mundial.

Cem anos depois, o mundo volta a ver confrontos espocarem em diversos lugares. Regiões como Ucrânia e Oriente Médio vivem como verdadeiros caldeirões prestes a explodir, repletos de rebeldes, insurgentes e armas. Ainda que as principais potências lutem por soluções pacíficas para os conflitos, a preocupação é que a morte de um “arquiduque” deflagre novamente um confronto em escala mundial.

 

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