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BREXIT: E AGORA?

Por Debora Rodrigues Barbosa
Quais as consequências da saída do Reino Unido da União Europeia?
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Após um referendo que mobilizou a opinião pública mundial, os britânicos escolheram sair da União Europeia, da qual faziam parte desde 1973.

 

Os que defendiam a permanência do Reino Unido (formado por Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte) na União Europeia alegavam que a aliança com outros países os tornava mais poderosos, mas foram vencidos pelos que defendiam a saída, alegando que a submissão às regras do bloco econômico afetava a soberania do reino.

 

Essa não foi a primeira vez em que a saída foi discutida. Em 1975 houve um referendo semelhante ao de agora, mas os que votaram pela permanência ganharam.

 

Vale lembrar que mesmo fazendo parte da União Europeia a Grã-Bretanha nunca aderiu à chamada zona do euro, na qual a moeda única é o euro, mantendo sua própria moeda, a libra esterlina.

 

O Reino Unido tem 73 cadeiras no Parlamento Europeu e contribui com valores significativos para o bloco, num montante superior ao que recebe em projetos da Comunidade Europeia em solo britânico, o que foi também um argumento usado pelos que defendiam a saída.

 

Ainda não se tem a dimensão exata das consequências dessa saída. No plano econômico, especula-se que haverá aumento de impostos e corte de investimentos, para fazer frente ao reordenamento financeiro que ocorrerá. Isto porque há muitas empresas de serviços financeiros, como bancos, que têm sede no Reino Unido, para vender seus serviços a outros países da UE e que deverão transferir-se para outros países.

É possível que ocorra uma crise política e institucional, após a renúncia do primeiro-ministro David Cameron, responsável pela convocação do referendo e líder da campanha pela permanência na UE.

 

A saída poderá incentivar nacionalismos adormecidos. A própria Escócia, que há tempos discute a possibilidade de se desligar do Reino Unido poderá querer se integrar à UE e, assim, abandonar o Reino.

 

Imigrantes ou estrangeiros residentes também enfrentarão dificuldades, pois deverão se submeter à lei britânica de imigração e não poderão circular livremente apenas com passaporte de outro país da UE. Isso poderá provocar impacto em atividades que usam mão de obra imigrante, como a construção civil, por exemplo.

 

Para a União Europeia, a saída do Reino Unido pode diminuir seu poder no cenário global, com perda de recursos financeiros, militares e a influência que o reino exerce. E há ainda o temor do efeito dominó dessa decisão, com outros países promovendo referendos, especialmente os escandinavos, que receiam que as sucessivas crises europeias abalem suas economias prósperas.

 

Enfim, são muitas as dúvidas e especulações. Só nos resta aguardar.

 

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