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Atenção aos sinais da natureza

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Falta de água na região Sudeste, risco de apagão no Brasil, verão rigoroso no Rio de Janeiro, inverno extremo em Nova York. Por mais que parte dos problemas, principalmente no Brasil, estejam também relacionados aos baixos investimentos em infraestrutura do País, todos eles têm origem em um ponto comum: a natureza. Tratada como infinita pela maioria da humanidade, ela dá sinais de cansaço após décadas de desmatamento, poluição de rios e do ar, além de outros tantos maus tratos.

 

Considerada o pulmão do planeta, a Floresta Amazônica é uma das vítimas mais famosas do ser humano. Recentemente, um levantamento da organização não- governamental Imazon mostrou que, entre 2014 e 2015, houve um aumento de mais de 200% no desmatamento da floresta. É isso mesmo. Em pleno século XXI, com tanta propaganda mostrando os benefícios da natureza para a humanidade, a maior floresta brasileira continua sendo vítima da irresponsabilidade e ganância do homem, que derruba as árvores indiscriminadamente para abrir campo para a pecuária.

 

As consequências já podem ser percebidas a alguns quilômetros da floresta. Estudo do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que o desmatamento da Amazônia tem influência na crise hídrica que afetou a região Sudeste nos últimos meses. Após análise de mais de 200 artigos científicos sobre a Amazônia e a sua influência no clima do Brasil, foi concluído que a diminuição de árvores na floresta impede o fluxo de umidade entre o Norte e o Sul do Brasil, impactando no volume de chuvas.

 

Futuro é preocupante

 

Felizmente, o risco de ficar sem água e luz já vem fazendo com que muitos se conscientizem que a água é um bem finito e que, se não for tratada com carinho, ela vai faltar. Entretanto, muito ainda precisa ser feito, como pode ser visto em recente estudo conduzido pelo Laboratório de Pesquisa da UniCarioca. Nele, apenas 30% dos moradores do Rio de Janeiro disseram economizar na água e na luz, mas dois terços deles admitiram que não conseguem manter essa rotina por muito tempo. Ou seja, o povo já reconhece a importância de se economizar água, só que ainda não está consciente a ponto de mudar o seu comportamento e velhos hábitos.

 

Esse mesmo estudo trouxe outro ponto ainda mais preocupante. Um quarto dos cariocas entende que o problema da crise hídrica é das autoridades que administram o estado e que, por isso, não vão colaborar com a redução no consumo de água. Assim, em meio à incompetência, corrupção e ignorância do ser humano, a natureza volta a ser a principal vítima.

 

Ainda que o pior da crise hídrica na região Sudeste tenha passado, pelo menos, por enquanto, o sinal amarelo precisa ser acendido. Não dá mais para jogar água fora como se faz, lavando calçadas e carro com mangueira, deixando torneira aberta ou tomando banhos intermináveis com o chuveiro aberto. Apesar de as chuvas terem recuperado parte do nível dos reservatórios na região, a época da bonança de água parece ter acabado no Brasil e, dificilmente, os reservatórios se recuperarão o suficiente para chegarem cheios no próximo verão. Se o povo não criar consciência e cuidar melhor da água, corre o risco de entrar 2016 sem banho e com sede.

 

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