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60 anos de União Europeia

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Em março de 2017, a União Europeia completou sessenta anos e, após haver experimentado momentos de euforia, enfrenta uma fase crítica, com vários países- membros questionando sua permanência.

O bloco nasceu do desejo de evitar mais uma catástrofe bélica no continente europeu, uma possível terceira guerra mundial, cresceu com a incrível meta de unificar monetariamente países ainda não unificados politicamente e também de fazer frente à economia norte-americana. Os europeus precisavam se integrar e se defender da agressiva prática comercial dos Estados Unidos.

Nascido sob o nome de Comunidade Europeia do Carvão e do Ferro (Ceca), em 1951,o bloco cresceu e em 1967 passou a se chamar Comunidade Econômica Europeia (CEE ou Mercado Comum). Nas décadas de 70 e 80, novos países entraram, mas apenas em 1993 foi assinado o Tratado de Maastricht, instaurando a União Europeia e prevendo uma moeda única no espaço de livre circulação de capitais. Depois disso, novos países foram incorporados e hoje já totalizam dezenas.

Ao longo desses anos a Comunidade enfrentou algumas crises. Entre 2008 e 2010 o euro se fragilizou com as crises econômicas da Grécia, Irlanda, Espanha, Portugal e Chipre. A partir de 2015 ondas migratórias provocaram dissensões, com posições diferentes dos membros em relação aos refugiados. Somente nesse ano a Europa recebeu mais de um milhão de pessoas em busca de asilo e atitudes como fechamento de fronteiras, construção de cercas colocaram em xeque a livre circulação dentro do bloco.

 

 

 

 

 

 

 

Hoje assistimos à primeira deserção do bloco. O Reino Unido votou, organizou-se e está implementando um completo sistema jurídico para se divorciar da União Europeia, mesmo sabendo que, do ponto de vista financeiro, vai perder algo no processo.

 

 

 

 

 

 

 

O Reino Unido alega que vem, há muito tempo, sentindo-se incomodado com as regras e estruturas impostas pela cúpula da União Europeia, como leis trabalhistas, ambientais e políticas de imigração. Mas a verdade é que os britânicos nunca abraçaram uma identidade europeia e as tensões históricas com seus vizinhos têm um grande peso emocional.

Mas não é só no Reino Unido que as ideias de separação proliferam. Os partidos da extrema-direita europeus estão muito empenhados em defender o nacionalismo e empregabilidade de seus cidadãos e são rigorosamente contrários à movimentação dos imigrantes. Eles têm demonstrado, constantemente, desagrado com as políticas de homogeneização impostas pelas lideranças do bloco. Frente Nacional (França), Alternativa para a Alemanha, Aurora Dourada (Grécia), Partido para a Liberdade (Holanda), Italiano da Liga do Norte e Partido da Liberdade (Áustria) são partidos que têm se reunido no grupo denominado “Europa das Nações e das Liberdades” (ENF na sigla em inglês) com um único objetivo: convencer europeus a lutar contra o bloco.

Historicamente contrário ao bloco econômico, que atrapalha as negociações bilaterais na Europa, a Rússia tem manifestado apoio aos movimentos direitistas do continente. Outro interessado na dissolução da União Europeia é o novo líder norte-americano, Donald Trump, que já recebeu a primeira-ministra do Reino Unido, apoiando a iniciativa dos ingleses.

Na América Latina, há alvoroço quanto às alterações do bloco, sobretudo com a pouca mobilidade da Rodada de Doha. O processo para a liberalização comercial entre países em desenvolvimento e os ricos deveria estar concluído em 2005, mas sofreu atrasos consideráveis por impasses entre os ricos e pobres. Os ricos querem manter subsídios para agricultura, os pobres querem o fim desse financiamento, para encontrar melhores vantagens competitivas de seus produtos primários.

O mundo está em compasso de espera.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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