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25 anos da queda do Muro de Berlim

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Um quarto de século depois, um muro voltou a dividir a cidade alemã de Berlim.  Só que em vez da escuridão de uma ditadura comunista, o muro, agora,  trouxe a iluminação de 8 mil balões que delimitaram alguns trechos do caminho original do Muro de Berlim. Para encerrar o festejo de dois dias que marcou os 25 anos da queda do muro, os balões foram soltos levando milhares de mensagens anexadas por centenas de voluntários.

Além da comemoração pela queda do muro, desenvolvida pelos artistas Christopher e Marc Bauder, os festejos na Alemanha são importantes para relembrar uma fase negra da história mundial. Por quase 40 anos, a parte ocidental da cidade de Berlim ficou isolada do restante da Alemanha Oriental por um muro de quase 66 quilômetros de extensão, com dezenas de torres de observação. O muro era fortemente guardado por soldados da Alemanha comunista, que não hesitavam em atirar no primeiro cidadão  que tentasse fugir das garras do comunismo.

A queda do Muro não permitiu apenas a livre circulação dos alemães pelo seu território. Ele também acelerou o processo de reunificação das Alemanhas, oficializado em 1990. Desde então, diversas obras e soluções foram implantadas para levar o progresso ao antigo lado comunista e unificá-lo, de fato, ao restante do território, evitando uma possível segregação econômica.


Fim do muro e a reconstrução de uma potência

Segundo estimativas do Instituto de Pesquisas Econômicas de Halle, a Alemanha  investiu quase 1,3 trilhões de euros entre 1991 e 2009 para a reconstrução do leste do país. Esses investimentos têm sido realizados pelos próprios estados do leste, que recebem a verba do governo federal. Este, por sua vez, atua diretamente na modernização da infraestrutura de transporte, como estradas, rodovias e hidrovias, que estavam muito aquém do padrão do lado ocidental.

Entretanto, a reconstrução do país não foi apenas material. Boa parte do dinheiro investido foi alocado também na reconstrução da economia do lado leste, que estava colapsada na época da reunificação. Ao contrário da pujante Alemanha industrial, o leste era essencialmente agrário e, na ocasião, contava com um contingente enorme de desempregados, que precisou de diversos benefícios sociais para poder voltar ao mercado de trabalho. Ainda assim, até hoje, o índice de desemprego é muito maior no leste do que no restante do país.

Apesar dos altos investimentos e das discrepâncias que ainda existem entre os dois lados do país, a reunificação da Alemanha já é um exemplo de reconstrução de uma nação. Diria mais. É um dos mais extensos atos de solidariedade desenvolvidos no mundo, ao ter levado a democracia a 18 milhões de pessoas. Tem sido também uma importante ação de distribuição de renda, com os estados ricos do lado ocidental financiando o desenvolvimento dos estados pobres do lado leste. Entretanto, muito ainda precisa ser feito, pois, apesar dos investimentos, os cinco estados da antiga Alemanha comunista seguem nas últimas posições da economia alemã.

 

 

 

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