Menina não Entra

Soltar pipa na cidade grande?

Empinar pipas é um hábito em extinção?
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Os meninos de grandes capitais praticam cada vez menos o hábito de soltar pipas, muito comum em cidades menores do interior e em subúrbios.Pouca gente sabe, mas esta arte cheia de histórias e mistérios foi criada há quase 3000 anos, na China. No Brasil, ela aparece por todo o território e faz parte da infância de todos os garotos. As pipas recebem nomes curiosos nos diversos estados de nosso país, veja só:

Papagaio - Em quase todo o Brasil
Raia - Paraná
Quadrado e Papagaio - Interior de São Paulo
Curica, Jamanta, Pepeta e Chambeta - Norte
Pipa - São Paulo (capital) e Rio de Janeiro
Arraia, Coruja, Barril e Tapioca - Nordeste
Pandorga - Rio Grande do Sul e Santa Catarina
Maranhão - Municípios do interior de São Paulo e Minas Gerais

Como brincar?

Para começar, você precisa de uma pipa com rabiola, um carretel com linha e um local aberto, de preferência onde o vento seja constante. Muito cuidado com postes e fios, já que eles podem transmitir energia e dar choques fatais. Se você tiver a ajuda de alguém é ainda mais fácil: enquanto um segura a pipa, o outro estica a corda e espera pelo vento, que vai bater e iniciar a brincadeira. Depois que o brinquedo sobe, é tudo muito mais fácil, basta prestar atenção ao vento e soltar a linha no momento certo.

Muita gente, principalmente nos subúrbios, gosta de ficar em cima das casas, nas chamadas “lajes”, para aproveitar a altura e a visão limpa do céu. Mas isso é um grande perigo, já que há vários casos de garotos que vão andando para trás e soltando a linha, tropeçando e caindo de grandes alturas. O melhor lugar é mesmo um espaço limpo, um campo de futebol ou outra área sem objetos por perto.

O perigoso cerol

Muita gente, entre crianças e até adultos, usa o cerol para cortar linhas de outras pipas em disputas no céu.Essa atitude perigosa dá boa fama no bairro ou na localidade, prejudica os outros praticantes e pode ter consequências muito perigosas.

Segundo pesquisas, cerca de 10 pessoas morrem por ano no Brasil por causa do cerol, uma pasta criada com vidro moído e cola, depois passada na linha. Ele corta facilmente, inclusive transformando-se em uma ameaça a quem passa por locais onde a prática seja feita. Motoqueiros agora utilizam uma antena protetora para evitar que a linha os atinja. Em São Paulo e outras cidades, o cerol é proibido por lei.

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